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Cairo Salim reúne em debate profissionais contrários à vacina anticovid e à exigência do passaporte sanitário.

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Segundo vice-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, o deputado Cairo Salim (Pros) conduziu, na manhã desta segunda-feira, 25, uma audiência pública em que foi debatida a vacinação compulsória com a instituição do Certificado de Imunização e Segurança Sanitária (CSS), conhecido por Passaporte da Vacinação. O evento híbrido, teve lugar no auditório Solon Amaral, com transmissão no site do Parlamento goiano, pela TV Alego (canais 3.2 da TV aberta, 8 da NET Claro e 7 da Gigabyte Telecom) e, ainda, no canal oficial da Casa de Leis no Youtube.

Ao dar início ao evento, Salim ressaltou o momento de restrição e disse torcer para que isso passe e a população volte a ser recebida na Casa do povo.

Salim foi direto ao criticar a eficiência das vacinas. Disse que o tema é bastante relevante, e trata do direito constitucional de ir e vir, o que tem deixado a população em pânico, já não bastasse a pressão da máscara, depois a vacinação, e agora, o passaporte.

“Estamos em teste com as vacinas. Estão querendo proibir a circulação de quem não tem comprovação de vacina. Não podemos deixar que esse projeto de lei seja aprovado. Não ao passaporte sanitário no Brasil e no estado. Devemos impedir essa ditadura”, afirmou o parlamentar.

O deputado lembrou que apresentou, recentemente, projeto em que defende a não obrigatoriedade de apresentação do cartão de vacina contra a covid-19, para acesso a locais públicos ou privados, em Goiás. A matéria de nº 7632/21 tem como objetivo garantir a liberdade de locomoção, inclusão social e do exercício dos direitos de pessoas que ainda não foram vacinadas. 

Riscos

A psiquiatra Akemi Scarlett Shiba falou sobre os riscos das informações contidas no projeto em trâmite a nível federal, e apresentou diversos questionamentos sobre a eficácia das vacinas em uso atualmente. O problema é agravado pela rapidez de desenvolvimento das vacinas. “É importante entender como foram produzidas e em que fase de estudos estão. Isso é uma temeridade. A aprovação é para uso emergencial. Ninguém pode ser obrigado (a tomar a vacina)”, afirmou. Além disso, Scarlett teme que a situação provoque conflitos e problemas sociais. 

O médico Francisco Eduardo fez uma avaliação de teor também político e disse ver a sombra do fascismo. “Toda vez que você quer discriminar, arruma um pretexto. É um grande erro igualar a vacina da covid com as vacinas do calendário brasileiro. Falta padronização. As vacinas para covid não dão proteção para não pegar covid e quem toma pode transmitir a doença. Estão criando uma falsa sensação de segurança”.

Segundo médico, o passaporte não tem controle e configura uma hipocrisia. “Vejo com muito medo aceitar isso passivamente. Quem teve a doença, não precisa de vacina. Adquire imunidade contra o vírus.” 

Segundo Francisco Eduardo, trata-se de um controle sanitário, para tirar direito das pessoas, o que poderia ser evitado com outras medidas de controle. “O passaporte não garante proteção.” Além disso, questionou os estudos de eficácia e número exato de doses para garantir imunidade efetiva para a população.

“Trata-se de um verdadeiro experimento humano. Não é emergencial, não é experimental. Tem pessoas que não querem participar e não podem ser obrigadas”, afirmou o médico. Ele manifestou sua posição de de que o Legislativo é o único que pode defender os direitos do povo. 

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Nesse ponto, Cairo Salim ressaltou sua atuação para impedir o andamento do projeto. “Aqui em Goiás não vamos deixar nenhum passaporte vingar”, prometeu. 

Riscos

Professor, Lucas Henrique abordou a situação numa perspectiva histórica e política. Lembrou que foi propagado que o modelo da China tem sido o melhor do mundo no combate à pandemia. Para ele, com a ameaça à soberania dos Estados Unidos, a China passa a ser o modelo e o passaporte sanitário vem como instrumento de controle, no qual toda movimentação das pessoas será acompanhada, a exemplo do horário que frequenta uma academia, ou que vai a um restaurante ou a um cinema. Segundo ele, isso é extinção de direitos de liberdade garantidos. 

Procurador do estado de Sergipe, José Paulo Leão discorreu sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) de números 6586, proposta pelo PDT, e 6587, apresentada pelo PTB. Na oportunidade, a decisão do Supremo tratou da emissão de lei aprovada pelo Legislativo.

“Primeiro a edição de lei que preveja as circunstâncias em que o passaporte será exigido. Segundo, que haja segurança e eficácia quanto à vacina. Além disso, é obrigação do poder público informar ao cidadão sobre as consequências das vacinas. Não pode ofender a dignidade humana”, ressaltou e exemplificou que, no estado de Sergipe, advogados não vacinados não podem frequentar os fóruns do estado. 

Controle social

Professor Cristóvão do Espírito Santo Filho, advogado da Associação Brasileira dos Advogados Cristãos (Abacre), leu uma nota da instituição em repúdio ao Passaporte Sanitário, em que trata do caráter experimental das vacinas. “Já temos relatos nas redes sociais, de efeitos terríveis, como amputações.”

Ele questionou o processo de construção das vacinas e reiterou que se trata da violação dos direitos. “Em alguns países, pessoas corajosas estão se recusando a tomar. É uma proposta socialista. O sistema que está vindo para o Ocidente abre uma porta de tirania. É um controle do povo”, ressaltou. 

Experimentos

Simone Sponholz, professora universitária e jurista, lembrou trabalho que realiza sobre direito à liberdade e também criticou o fato de que as vacinas, apresentadas como solução para a pandemia, são experimentos. Ela discorreu em relação à segurança e eficácia vacinal. “Na verdade, nós não temos vacinas”, relatou. Ela corrigiu a terminologia das vacinas, ao dizer que o que existe são experimentos vacinais. 

Segurança e eficácia é o que Sponholz cobra no que tange à base de informações. “Se estamos falando de experimentos, temos leis que tratam disso”, afirmou, ao relembrar fatos históricos em que os cidadãos foram tratados da mesma forma. 

Uilson Manzan, presidente da Associação Brasileira de Advogados Cristãos (Abacre), falou do papel da entidade, tratou do aspecto constitucional. Disse que não estamos em uma situação excepcional. “O sistema judiciário se distancia cada vez mais dos demais poderes e da população. A Abacre manifesta sua contrariedade sobre o passaporte e em defesa das liberdades individuais”, frisou. 

A médica Maria Emília Gadelha, que atua em São Paulo há mais de três décadas, reiterou a opinião dos que a antecederam na audiência pública e lembrou que o passaporte está em discussão nos Estados Unidos, sendo objeto de manifestações também em países da Europa. “Na literatura médica há o passo a passo de como convencer a pessoa a ser vacinada. Por manobras de marketing, as pessoas são convencidas a se vacinarem, com uso de técnicas de persuasão, que são surpreendentes”, alertou.

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Gadelha ainda abordou a contraposição entre os que são a favor e os que são contrários à vacinação contra a covid-19, a maneira como que formadores de opinião tratam do tema. Ela rechaçou a vacinação. “As sociedades brasileiras ainda recomendam isso, o que não é normal. Acho isso lamentável. Não podemos aceitar essa orientação perniciosa”, reafirmou, alertando sobre os efeitos adversos atribuídos às vacinas.

Liberdades individuais

Carlos Eduardo Nigro, fundador da Organização Mundial pela Vida, abordou as liberdades individuais e responsabilidades que estas implicam, além de tratar do protocolo médico que foi adotado. “Depois que iniciou a pandemia, fui procurado por médicos querendo saber do nosso tratamento da covid, que é personalizado. Agradeço aos médicos que compartilharem o tratamento brasileiro ao mundo inteiro”, relatou.

Ao falar do relacionamento entre médicos e pacientes no Brasil, Nigro disse que, infelizmente, até no Brasil, os médicos estão aprendendo a realizar por meio de organogramas. “É tudo engessado”, lamentou. 

Coordenador nacional do Movimento Legislação e Vida, o professor Hermes Rodrigues Nery lamentou que as liberdades individuais estão sendo suplantadas. “É a imposição de uma novo normal para impor o totalitarismo. O planejamento da economia mundial será feito com o uso da pandemia como uma oportunidade”, afirmou, ressaltando que os lockdowns foram usados para provocar maiores dificuldades para a população. 

Mestre em engenharia e biomédica, Gi Lara discorreu sobre as plataformas de produção de vacinas, e criticou que, por se tratar de uma terapia gênica, seria necessária uma autorização. “Estamos ajudando num processo perigoso. Podemos estar contribuindo para um genocídio em massa”, afirmou. 

Ela também abordou a falta de estudos sobre a influência das terapias injetáveis em casos de aborto, além de reações adversas como problemas de fertilidade e hemorragias. Lara ainda apresentou imagens de exames de sangue em que o formato das células sanguíneas são alterados. 

Em sua contribuição, a presidente da Frente Conservadora do Estado de Goiás, Jeniffer Crecci, enfatizou sua posição contrária à vacina. “Antes, eu dizia que era contra a vacina compulsória. A partir de hoje, vou me posicionar contrária às vacinas, pelos riscos que podem provocar.” 

A advogada tributarista Fernanda Valadares também contribuiu no debate, ao ressaltar as violações da legislação com o passaporte. “Ninguém pode ser obrigado.” 

Representante do Serviço Social Patronal (Sesp), Marcos Túlio falou de seu posicionamento contrário à supressão da liberdade. “As sociedades que crescem são as que valorizam o crescimento humano.” 

A professora Sílvia Pires, além de concordar com o posicionamento dos participantes do debate, criticou o papel da imprensa. “Fiquei chocada em ver como a situação está sendo tratada”, disse. 

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