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Caso Henry: Como versão de Jairinho e Monique foi desmantelada pela perícia?

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Caso Henry: Como versão de Jairinho e Monique foi desmantelada pela perícia?
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Caso Henry: Como versão de Jairinho e Monique foi desmantelada pela perícia?

Peritos do Instituto Médico-Legal (IML) e o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) utilizaram um estudo da Angela Thompson, doutora em engenharia e professora da Universidade de Louisville-EUA, sobre quedas domiciliares de curta distância – frequente em crianças pequenas – para desmembrar a versão oficial dada por  Jairinho e Monique – padrasto e mãe de Henry – sobre a sua morte. Segundo a autora, o intuito do estudo é explorar “uma história falsa fornecida por cuidadores para ocultar traumas abusivos”.

O estudo demonstra que em nenhum dos 79 casos analisados, entre crianças de 0 a 4 anos, a queda em curta distância ocasionou em ferimentos graves ou risco de vida. A análise foi fundamental para que a versão apresentada pos Jairinho e Monique fosse desmantelada e a dupla indiciada por homicídio duplamente qualificado.

Outro estudo que embasou a investigação dos profissionais envolvidos foi da pediatra e professora chefe Antoinette Laskey, que compõe a divisão do Centro para Famílias Seguras e Saudáveis da Universidade de Utah-EUA. Nele, fotografias e ilustrações atesta que o trauma abdominal é a segunda causa de morte mais comum em casos de abuso infantil. Perde apenas para o trauma cranioencefálico abusivo. No estudo, foi revelado que 45% a 50% das crianças que apresentaram trauma abdominal contudo, durante a década de 80, morreram.

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“As quedas são frequentemente um mecanismo de lesão relatado, mas quedas domésticas curtas é uma causa improvável de trauma abdominal significativo”, atesta o documento de estudo.

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No total, foram mais de 300 estudos de quedas de crianças de uma distancia de 4,5 metros ou mais. Apenas 0,9% resultaram em lesões intestinais ou renais. Lesões hepáticas e esplênicas foram identificadas em 1,2% e 2,4%, respectivamente.

Peritos envolvidos na investigação do caso Henry demonstraram que “a quantidade de lesões externas não pode ser proveniente de uma queda livre, visto que todas as lesões citadas anteriormente apresentavam características condizentes com aquelas produzidas mediante ação violenta (homicídio)”.


Allan Turnowski, secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, argumentou que as provas técnicas foram essenciais para que o inquérito fosse concluído. Nele, há a conclusão de que houve tortura por parte dos responsáveis e a impossibilidade de defesa por parte de Henry.

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