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Um conjunto de folhas escritas, com grande poder de informar e, até mesmo, fazer a pessoa “viajar” por histórias, o livro é um objeto de grande importância na vida de um cidadão e para a sociedade em geral. As primeiras peças foram escritas há cerca de três mil anos antes de Cristo, de acordo com pesquisadores e historiadores. Na época, conteúdos oficiais, legislativos, administrativos, religiosos , dentre outros, eram registrados em pedras ou tabletes de argila.

No entanto, o primeiro livro já impresso publicado no mundo foi a Bíblia, em 1455, com a invenção da prensa por Johannes Gutenberg. Ao longo do tempo, os estudos evoluíram e grandes produções literárias, além de outros conteúdos, começaram a ser elaborados. Com o avanço da tecnologia, os livros podem ser usados, hoje, até mesmo de forma digital, em e-books que podem ser acessados em tablets, computadores e celulares.

Definição

O nome “livro” vem da palavra latina “liber”. O termo é relacionado a uma membrana existente entre o tronco e a casca da árvore, em que era possível produzir uma espécie de papel. Na conceituação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o objeto deve conter pelo menos 50 folhas para ser considerado livro; menos que isso, se trata de folheto. 

Existem, no mundo, diversas categorias de livros, voltadas à educação, técnicos, profissionais, de qualificação, comportamento, poesias, contos, ficções, história, biografia, dentre outros. Eles são divididos, ainda, em variados segmentos, gêneros literários narrativos, líricos e dramáticos.

A data

O dia 29 de outubro foi escolhido para celebrar o Dia Nacional do Livro em razão de esta ser a data em que foi fundada a Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro. O marco se deu por meio da transferência da Real Biblioteca Portuguesa para o país, em 1810. A data, no entanto, foi oficializada em 1966 e é marcada, hoje, por ações de incentivo à leitura.

Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Legislativo goiano, o deputado Talles Barreto (PSDB) avalia tal celebração como algo de extrema importância para a população. “Uma data dedicada à comemoração do dia do livro, do incentivo à leitura logo na primeira infância e os benefícios a longo prazo dessa prática”, frisa o parlamentar.

“Através dos livros temos acesso à informação, diversão e outros universos distintos dos nossos e que podem acrescentar e agregar nossa bagagem individual. O hábito da leitura proporciona o conhecimento a outras culturas, costumes e histórias”, acrescenta Talles.

Ações Legislativas

Talles Barreto pondera que a Alego, por meio da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, acompanha as ações que são realizadas nas unidades escolares do estado, com  o respaldo necessário, além da apresentação de projetos de leis, na atual legislatura, relacionados ao tema. “Nós, enquanto agentes públicos e representantes do povo, temos de incentivar e instigar a população ao hábito da leitura, seja ele com livros físicos ou digitais diante da nossa realidade”, enfatiza o peessedebista.

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De autoria do deputado Alysson Lima (Solidariedade), o projeto de lei nº 1359/20, apensado ao 1163/20, do deputado Paulo Trabalho (PSL), propõe instituir o prêmio Jovens Escritores nas escolas públicas de Goiás. O objetivo das proposituras é incentivar os jovens à literatura. Em sua justificativa, Trabalho diz que o povo goiano, sobretudo os jovens, possui grande potencial no que diz respeito à criatividade e tal fomento pode vir a lapidar futuros escritores, poetas e artistas.

O parlamentar diz que o incentivo à educação é uma das prioridades que devem sempre ser propostas pelo Poder Legislativo. Infelizmente, ele observa, ao longo dos anos o nosso país tem vivenciado uma gradativa desidratação de nosso sistema de educação, seja pela falta de interesse por parte de nossos jovens que carecem de novos estímulos para o aprendizado, seja pelos professores que também se sentem desestimulados, principalmente pela falta de estrutura, pelos baixos vencimentos e por conta também da violência que rodeiam as nossas escolas. A matéria tramita na Comissão de Educação, Cultura e Esporte.

Já em fase de primeira discussão e votação, o projeto de lei nº 4480/21, de autoria do deputado Cláudio Meirelles (PTC), visa instituir o Dia da Literatura Goiana. A proposta, de acordo com o parlamentar, é uma forma de homenagear “ilustres personalidades passadas, presentes e futuras que contribuíram, colaboram, e concorrerão para o engrandecimento cultural de Goiás e para elevar, pelo Brasil afora, o nome do estado no cenário artístico e cultural.”

O dia 15 de novembro é proposto, na matéria, para a comemoração. A data é referente ao nascimento de Bernardo Élis, um dos maiores escritores nascidos em Goiás. O contista e romancista faleceu em 1997, no  entanto, sua história ficou marcada por ser o primeiro e único goiano a entrar para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Élis recebeu diversos prêmios literários e foi um dos fundadores da atual União Brasileira de Escritores (UBE), seção Goiás, fundada em abril de 1945, na época, Associação Brasileira de Escritores (ABDE) de Goiás. 

Também em fase de primeira discussão e votação, o projeto de lei nº 2537/20, de autoria da deputada Lêda Borges (PSDB), visa criar o livro dos heróis e heroínas do estado de Goiás. A obra, de acordo com a propositura, se destina à inscrição de pessoas ilustres que tenham por seus atos contribuído para a defesa, progresso ou desenvolvimento do estado de Goiás, do Brasil ou da Humanidade. 

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A proposta é que o livro fique localizado na Assembleia Legislativa, em área a ser designada pela Mesa Diretora, sendo aberta à visitação. “Entendemos que é uma forma de lembrar as pessoas que por seus atos honraram o estado. Ademais, é uma maneira de se promover a história de Goiás, possuindo um valor simbólico na preservação da memória estadual”, enfatiza a legisladora, na justificativa da matéria.

Também de autoria de Lêda Borges, o projeto de lei nº 3695/20 dispõe sobre a obrigatoriedade das bibliotecas públicas de Goiás em adotarem espaços específicos destinados aos livros de autores goianos. Em sua justificativa, a parlamentar afirma que a literatura do estado é muito rica e deve ser conhecida e reconhecida por seu público.

“Faz-se necessário o incentivo de medidas que estimulem o interesse estudantil na leitura de nossas obras de tanta qualidade, frutos de nossos escritores”, frisa. Lêda salienta que, popularizando a leitura de tais obras, o estado está, também, incentivando a produção literária em Goiás e a valorização de escritores do estado ou que fizeram de Goiás seu berço. A proposta também está em fase de primeira discussão e votação na Casa de Leis.

Acessibilidade

Outra proposta de destaque que tramita na Alego é de autoria do deputado Álvaro Guimarães (DEM). Em fase de primeira discussão e votação, o projeto de lei nº 6914/19 visa instituir a política pública “Leitura para todos” em bibliotecas e escolas públicas e privadas do estado. O objetivo é facilitar o acesso de alunos com deficiência visual à leitura de livros e outros materiais didáticos por meio do uso de tecnologia, viabilizando o acesso em igualdade.

Os locais mencionados na propositura deverão, de acordo com o texto, disponibilizar equipamentos de tecnologia assistiva para alunos com deficiência visual, em salas de leitura. Os equipamentos descritos na matéria são computadores com câmera e softwares de auxílio à leitura, inteligência artificial acoplável ao óculos capaz de realizar a leitura de materiais impressos e reproduzir o conteúdo por áudio, além de equipamento de tecnologia que viabilize o acesso do deficiente visual à leitura de livros e materiais impressos.

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