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MT tenta conscientizar população a evitar incêndios como os de 2020

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O risco de que incêndios de proporções semelhantes aos registrados em 2020 voltem a ocorrer motivou os órgãos públicos do Mato Grosso a implementar ações preventivas de monitoramento e a alertar a população sobre a necessidade de redobrar cuidados ao realizar qualquer atividade próximo à vegetação.

Em julho, o governo estadual decretou situação de emergência ambiental por 180 dias (quase seis meses), alegando que a baixa umidade do ar e o volume de vegetação seca favorecem a propagação de focos de incêndios florestais e urbanos. Em zonas rurais, o emprego de fogo para limpar terrenos ou para qualquer outra finalidade está proibido até 30 de outubro. Já em áreas urbanas, a prática é vetada o ano todo. 

Apesar disso, entre os dias 3 e 13 de agosto, o Corpo de Bombeiros aplicou R$ 2,67 milhões em multas a sete proprietários rurais de Paranatinga, União do Sul e distrito de Santiago do Norte, acusados de destruir a vegetação para abertura de pasto.

Nesta semana, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema-MT) pediu que, em áreas rurais, das 10h às 15h, as pessoas evitem operar máquinas ou aparelhos que, em contato com a vegetação seca, possam causar incêndios. “Reforçamos que não executem nenhuma ação com maquinários, mesmo que seja uma ação importante, como aceiros mecânicos, durante o período mais crítico de calor durante o dia, pois o risco de acidentes é grande”, afirmou, em nota, a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Mauren Lazzaretti.

O governo estadual informou já ter disponibilizado R$ 73 milhões para preparar os órgãos e equipes de combate a incêndios e ao desmatamento ilegal. Desde abril, servidores da Sema vêm monitorando o volume de água acumulado em 120 pontos da Estrada Parque Transpantaneira (MT-060), onde, no ano passado, vários animais silvestres foram resgatados ao tentar fugir das chamas e para encontrar água.

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Relatório divulgado nesta semana aponta que, há poucos dias, 79 dos 120 pontos monitorados, ou seja, 65% do total, ainda tinham água suficiente para atender aos animais. Os outros 41 estavam secos.

Os focos de incêndio que vêm sendo registrados ao longo dos últimos meses parecem ter se intensificado a partir do início de agosto. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a primeira ocorrência de “grande proporção” teve início no último dia 7, em uma fazenda de Poconé, próxima ao KM 47 da Transpantaneira, a cerca de 100 quilômetros da capital, Cuiabá.

Segundo as autoridades estaduais, o fogo se espalhou depois que um trator pegou fogo. As chamas que atingiram cerca de 2 mil hectares (cada hectare corresponde, aproximadamente, às medidas de um campo de futebol oficial) só foram apagadas quase uma semana depois, com o emprego de dois aviões, quatro pás carregadeiras; dois caminhões pipas; tratores, motobombas flutuantes e equipes dos Bombeiros, brigadistas e voluntários.

Dias antes da ocorrência em Poconé, um outro incêndio já tinha destruído parte da vegetação da Reserva Indígena Tadarimana, próxima ao município de Rondonópolis, a cerca de 218 quilômetros de Cuiabá. Mesmo utilizando uma aeronave para lançar água sobre pontos estratégicos e contando com o apoio de indígenas que conhecem muito bem a área, os bombeiros e os brigadistas municipais levaram três dias para controlar as chamas que consumiram cerca de 114 hectares de flora.

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Um terceiro incêndio de grandes proporções ocorreu no Morro de Santo Antônio, um dos pontos turísticos mais conhecidos do estado, localizado em Santo Antônio do Leverger, a cerca de 27 quilômetros de Cuiabá. Trinta e dois militares, um avião e um helicóptero foram mobilizados por três dias. Cerca de 190 hectares foram queimados e a visitação ao Morro de Santo Antônio chegou a ser interrompida.

Já em Barra do Garças, brigadistas estão recorrendo a drones e monitoramento por câmaras para identificar princípios de incêndios que possam ameaçar o Parque Estadual da Serra Azul e a Área de Preservação Ambiental (APA) Pé da Serra Azul, unidades de conservação de, respectivamente, 11 mil hectares e 7 mil hectares. A atuação preventiva se justifica, já que o local foi atingido por incêndios florestais nos últimos anos.

“O Parque Estadual representa um pilar da conservação ambiental e do turismo em toda a região do Vale do Araguaia, tendo atrativos públicos incríveis. É papel de todos preservá-lo”,afirma a gerente regional do parque, Cristiane Schnepfleitner, em nota. O trabalho de conscientização ambiental desenvolvido na região inclui orientar a população a não atear fogo nos terrenos, folhas e lixo e a denunciar eventuais infratores.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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