Goiás

Pesquisa da UEG avalia importância de mamíferos para o meio ambiente

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A perda de vegetação nativa influencia negativamente na biodiversidade, podendo contribuir para o processo de extinção de diversos animais. É o que foi demonstrado até agora numa pesquisa realizada por alunos de mestrado e de iniciação científica da Universidade Estadual de Goiás e do IF Goiano iniciada em 2020 na Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre Serra da Fortaleza, em Quirinópolis, sob a orientação do professor Wellington Hannibal.

Segundo o orientador, em 2020 a Universidade Estadual de Goiás realizou quatro campanhas no local, onde foram registradas 25 espécies de mamíferos, com destaque para os ameaçados de extinção, como a anta, o tatu canastra, a onça parda, entre outras.

“A UEG tem uma parceria com a Prefeitura de Quirinópolis e nessa parceria a gente pretende desenvolver o Plano de Manejo da Unidade de Conservação. Nesse plano de manejo haverá incursões a campo periodicamente durante alguns anos”, destaca Wellington.

Atualmente quatro alunos de mestrado orientados pelo professor Wellington Hannibal desenvolvem pesquisas na Unidade de Conservação. Ana Claudia Bernardes Dias está pesquisando a diversidade funcional e filogenética de pequenos mamíferos; Hermes Willyan Parreira Claro está avaliando a estrutura de guildas alimentares em uma comunidade de pequenos mamíferos não-voadores no sul de Goiás; Patrícia Rezende Bernardes desenvolve a pesquisa “Carnívoros da Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre Serra da Fortaleza: distribuição, densidade e conservação”; A pesquisa “Ectoparasitos de pequenos mamíferos da Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre Serra da Fortaleza” é realizada pela aluna Thaynara L. Linhares; já Lethicia Beatriz Carvalho Ferreira, aluna de Iniciação científica do Câmpus Sudoeste da UEG, está desenvolvendo o projeto “Frugivoria e dispersão de sementes pela anta brasileira Tapirus terrestris em uma unidade de conservação no sul de Goiás, Brasil”. 

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Resultados

As pesquisas que estão em andamento pretendem alcançar resultados que contribuam para a preservação da biodiversidade na Unidade de Conservação. “Com certeza, no futuro, com esforço direcionado em campo na UC, teremos resultados sobre qual a importância desses animais para o equilíbrio do ecossistema, pois muitas dessas espécies são dispersoras de sementes, predadoras e polinizadoras (algumas espécies de morcegos e marsupiais)”, salienta Wellington.

Outra proposta dos estudos, explica o professor, é entender como essa biodiversidade de mamíferos é afetada pela paisagem fragmentada e, principalmente, se o efeito dessa fragmentação é menor quando se tem uma grande mancha na paisagem, como na UC. “A gente quer entender quais as respostas que os mamíferos vão nos dar sobre o processo de perda de habitat no sul de Goiás”, reforça.

Os pesquisadores pretendem desenvolver os estudos pelos próximos cinco anos. A intenção, além de contribuir com o plano de manejo da Unidade de Conservação, é também entender como uma unidade de conservação pode contribuir para a proteção da biodiversidade e manutenção dos serviços ecossistêmicos em uma paisagem altamente fragmentada. “O plano de manejo é essencial para o entendimento da unidade de conservação com relação a sua biodiversidade, serviços ecossistêmicos prestados e os possíveis impactos que essa área possa estar sofrendo ou vir a sofrer. O plano de manejo seria como fazer um diagnóstico detalhado sobre a unidade de conservação”, reforça. 

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Unidade de Conservação

A Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre Serra da Fortaleza é a maior área de vegetação nativa do sul de Goiás. Ela possui aproximadamente 500 hectares, mas está inserida numa mancha contínua maior, que se aproxima a 1.000 hectares, com um mosaico de vegetação com floresta de galeria, floresta estacional e veredas.

Segundo o professor Wellington, a Unidade de Conservação está inserida numa paisagem altamente fragmentada, com apenas 13% de cobertura nativa do Cerrado e abriga algumas espécies ameaçadas de extinção, como o tatu canastra, anta, onça parda, entre outros mamíferos.

O professor explica que a Universidade começou os estudos na Unidade de Conservação (UC) em 2015, quando a Prefeitura de Quirinópolis fez um convênio com o Câmpus Sudoeste, e alguns professores realizaram um levantamento ecológico rápido sobre a biodiversidade para contribuir com o plano de criação da UC.

Fonte: UEG-GO

Fonte: Governo GO

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