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Primeira República LGBTQIA+ do país é destaque em seminário

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A iniciativa pioneira do Governo do Distrito Federal (GDF) de instituir repúblicas voltadas a pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social foi destaque nesta segunda-feira (21) na reunião de abertura do III Seminário Remoto LGBTQIA+ da Câmara Legislativa do DF (CLDF). A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) lançou a primeira república em maio, com recursos de emenda parlamentar e parceria com o Instituto Ipês, como um espaço democrático e colaborativo, onde os moradores, diferentemente de uma instituição de acolhimento tradicional, cuidam do espaço, sob a supervisão da Sedes.

O diretor de Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos da Sedes, Felipe Areda, apresenta República LGBTQIA+ durante seminário na CLDF | Foto: Divulgação/Sedes

Todos os acolhidos são encaminhados por meio das unidades socioassistenciais. “É a primeira república do DF, nós não tínhamos experimentado essa modalidade de acolhimento antes. Não divulgamos o endereço por uma questão de segurança e para não estigmatizar a estrutura no território. Isso é um avanço muito grande porque é a primeira República LGBTQIA+ do país e o primeiro serviço de república do DF”, destaca o diretor de Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos da Sedes, Felipe Areda, ao participar da abertura do seminário nesta segunda.

“É a primeira república do DF, nós não tínhamos experimentado essa modalidade de acolhimento antes. Não divulgamos o endereço por uma questão de segurança e para não estigmatizar a estrutura no território. Isso é um avanço muito grande porque é a primeira República LGBTQIA+ do país e o primeiro serviço de república do DF”Felipe Areda, diretor de Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos da Sedes

Com o tema “LGBTQIA+ da Periferia em Movimento”, o encontro on-line, promovido pela Câmara Legislativa no seu canal do YouTube TV Web CLDF, discute a diferença da realidade das pessoas LGBTQIA+ que moram nas regiões administrativas em relação às que vivem no Plano Piloto, no que se refere ao reconhecimento e ao alcance dos direitos, e debate as ações de inclusão dessa população.

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Mediador do debate, o deputado distrital Fábio Felix destacou que a modalidade república para acolhimento é inovadora, mas pouco utilizada no país. “Estamos tendo, por meio da experiência com a população LGBTQIA+, as primeiras repúblicas da história do DF de aplicação prevista no Sistema Único de Assistência Social [Suas]. Instalar uma casa de acolhimento vinculada à Política de Assistência Social traz muita substância para esse atendimento, foi um grande passo”, reforçou o parlamentar. “Era uma ausência que todo mundo na rede de atendimento socioassistencial percebia. Nós não tínhamos para onde encaminhar as pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade”.

“Era uma ausência que todo mundo na rede de atendimento socioassistencial percebia. Nós não tínhamos para onde encaminhar as pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade”Fábio Felix, deputado distrital

Atendimento especializado

Além das Repúblicas LGBTQIA+, Felipe Areda também destacou outras ações importantes na garantia de direitos dessa população, como a atuação do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) Diversidade e do Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas).

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“Temos há 11 anos do Creas Diversidade, que parte de uma mudança muito importante de avanço de concepção da política pública para entender que território para a política pública não é só espaço físico. Comunidades culturais são territórios e precisam ser pensadas nas suas especificidades enquanto territórios culturais historicamente estigmatizados. Então, assim como temos o Creas para atender uma região física, precisamos do Creas para atender comunidades culturais”, ressaltou.

“Também criamos um serviço específico de Abordagem Social composto por LGBTs para atender pessoas LGBTQIA+ em situação de rua. Um desafio muito grande responder aos impactos socioeconômicos da pandemia”, pontua Felipe Areda.

Capacitação

Além dos Creas Diversidade, há também a capacitação continuada dos servidores para atender especificamente à população LGBT. “Todos os novos servidores passaram obrigatoriamente no seu curso de formação por uma formação sobre conteúdo LGBT pensando no atendimento socioassistencial de pessoas LGBT. A Escola de Formação da Sedes também debate continuamente a questão LGBT com todos os servidores para avançar na qualidade da oferta do serviço”, finaliza.

*Com informações da Sedes

Fonte: Governo DF

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