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“Queremos taxa zero de violência contra a mulher”, diz Caiado

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O governador Ronaldo Caiado participou da abertura do XI Encontro Nacional da Comissão Permanente de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Copevid), na noite desta quinta-feira (25/11), na sede do Ministério Público do Estado de Goiás, em Goiânia.

O evento, dedicado ao tema “Lei Maria da Penha: Interseccionalidades e Alterações Legislativas”, tem programação até esta sexta-feira (26/11). A ação soma-se às mobilizações em função do Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra Meninas e Mulheres, celebrado em 25 de novembro.

“Por mais que já tenhamos avanços, precisamos mostrar que é inadmissível essa prática da violência”, disse o governador. “A força do Estado, em parceria com o MPGO e demais poderes, é para sermos referência nacional”, afirmou, sobre o objetivo de tornar Goiás o estado com menor índice de violência contra a mulher do país.

“A mulher goiana vai saber que estamos avançando, mas que queremos o patamar de excelência: taxa zero de agressão e violência contra a mulher”, disse o governador.

A iniciativa marca ainda a comemoração dos 15 anos da Lei Maria da Penha, com o lançamento da Campanha Nacional “Voz para Todas”.

O encontro ocorre em formato híbrido com organização conjunta da Copevid, Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH) do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), o Centro de Apoio Operacional e a Escola Superior do Ministério Público do Estado de Goiás (Esump-MPGO).

A iniciativa é voltada para integrantes do MPGO, do Poder Judiciário, da rede de atendimento à mulher em situação de violência e comunidade acadêmica.

Coordenadora nacional da Copevid, a promotora do Estado da Bahia, Sara Gama, disse que a Comissão é um marco no Ministério Público Brasileiro.

“Trouxemos a moldura de leis muito importante na vida de muitas mulheres. Em 2018, conseguimos emplacar o primeiro tipo penal dentro da Lei Maria da Penha, que pune com prisão o descumprimento da medida protetiva”, disse Sara Gama.

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A promotora apresentou, durante a abertura do evento, dados sobre a atuação da Copevid e as características que envolvem os crimes contra as mulheres. “Elas morrem nas mãos de quem as amam ou amaram algum dia, e isso é muito grave”, disse Gama.

Presidente do Grupo Nacional de Direitos Humanos do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais, a promotora de Justiça do Espírito Santo, Luciana de Andrade, disse que o evento é disruptivo e mantém um alerta por trazer um assunto difícil.

“Falar de violência contra a mulher desassossega, muitas vezes é motivo de resistência na sociedade civil e dentro da nossa própria casa”, disse Andrade.

“O XI Encontro da Copevid aprofunda um olhar sobre a violência de gênero”, disse a coordenadora local do Encontro e titular da 63ª Promotoria de Justiça de Goiânia, Rubian Coutinho. Ela também agradeceu a presença de Caiado no evento: “Sabemos do vosso empenho e apoio nas diversas ações no enfrentamento à violência contra a mulher”, pontuou.

Ações do Governo

O Governo de Goiás, na atual gestão, reestruturou delegacias especializadas para atender mulheres vítimas de violência de forma mais humanizada e qualificada. A implantação da Sala Lilás, na sede da Polícia Técnico-Científica, em Goiânia, também representa um avanço no acolhimento às vítimas de violência durante a realização de exames de corpo de delito.

O Estado de Goiás criou, em 2020, o Grupo Estadual de Repressão a Estupros (Gere), para investigar os casos ocorridos em território goiano. A região do Entorno do Distrito Federal e o município de Aparecida de Goiânia receberam Unidades Regionais Especiais para Atendimento às Mulheres.

Já os municípios de Iporá e cidade de Goiás receberam uma Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher. Dentro do aplicativo “Goiás Seguro”, foi instituído o “Alerta Maria da Penha”, que auxilia mulheres em situação de risco de agressão.

Entre as parcerias, o Governo do Estado atua com o Tribunal de Justiça no projeto “Maria da Penha nas Escolas”. O foco é levar para as crianças, de forma didática, as informações legais que amparam famílias com histórico de violência doméstica.

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Há, ainda, ações direcionadas intersetoriais via “Pacto Goiano pelo Fim da Violência Contra a Mulher” e a “Rede de Atenção às Vítimas de Violência Doméstica”.

“É inadmissível que o cidadão, por se achar fisicamente mais forte, possa amanhã se dar o direito de agredir ou, ao se sentir contestado, violentar a sua parceira”, disse o governador.

Para o procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Vechi, o objetivo do evento é aprimorar as formas de atuação para se obter cada vez mais resultados sociais importantes. “Com o pacto goiano, saímos do 5º para 12º lugar no ranking de violência doméstica. Provamos que a união de forças consegue fazer a diferença”, pontuou.

Estiveram presentes ao Congresso a sub-procuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais do MPGO, Laura Ferreira; o sub-procurador geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Marcelo André e a presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica, desembargadora Sandra Reis.

Também comparecem ao evento o defensor público-geral do Estado, Domilson Rabelo Júnior; a procuradora-geral do Município, Tatiana Fayad, representando o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz; a coordenadora da área de Políticas Públicas e Direitos Humanos do Centro de Apoio Operacional do MPGO, Tamara Rivera; o diretor da Escola Superior do MPGO, Adriano Firmino; o presidente da Associação Goiana do MP, José Carlos Nery Júnior; a delegada titular especializada no Atendimento à Mulher de Goiânia, Jôsy de Sousa; a superintendente da Mulher e Igualdade Racial da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Rosilene Guimarães; o comandante do Batalhão Maria da Penha, tenente-coronel Neila e a cantora Alcione Couto.

Fonte: Secretaria de Estado de Comunicação (Secom)

Fonte: Governo GO

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