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Solidariedade que salva vidas

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Em todo o mundo, nesta segunda-feira, 14 de junho, é dia de celebrar uma data muito especial, o Dia Mundial do Doador de Sangue, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2004, dentro da Campanha Junho Vermelho.

A data foi criada em homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, médico imunologista austríaco que descobriu o fator Rh, o sistema ABO e as várias diferenças de classificação entre os tipos sanguíneos. Pela importância das suas descobertas para toda a humanidade, em 1930 ele foi agraciado com o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina.

Somente a partir de suas revelações, a humanidade conseguiu tornar mais seguras as transfusões sanguíneas, pois as bases científicas acerca do conhecimento do sangue humano já estavam consolidadas. Foi também este o marco que possibilitou que inúmeros recém-nascidos, com fator RH diferente de suas mães pudessem sobreviver e, ainda, que o sistema de justiça pudesse avançar nas disputas relativas à paternidade, utilizando as análises periciais com base na testagem do DNA.

Sintonizada com esse assunto, onde a vida é preponderante, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), por intermédio do seu presidente, Lissauer Vieira (PSB), participou no dia 1º de junho, da inauguração da ampliação do Hemocentro Coordenador Professor Nion Albernaz, que teve sua área de instalação triplicada e vai possibilitar a expansão da Hemorrede no estado.

Ao lado do governador Ronaldo Caiado (DEM), do vice-governador Lincoln Tejota (Cidadania), do secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, e outras autoridades, Lissauer percorreu as dependências da nova unidade, reconhecendo ser este um investimento extremamente importantepara o contexto da saúde pública em Goiás.

O presidente ressaltou a importância de manter as doações regulares e voluntárias para estabilizar as reservas de sangue no estado. “Sem dúvida, essa parceria da Casa com a Hemorrede tem contribuído muito para incentivarmos não só os servidores do Poder Legislativo, mas a comunidade em geral a doar sangue, aumentando dessa forma os estoques. Mais que um gesto de cidadania, a doação de sangue é um verdadeiro exemplo de solidariedade e empatia com o próximo”, destacou Lissauer.

Ações na Alego

A Alego, através da Secretaria de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho, vem desenvolvendo muitas ações em parceria com o Hemocentro, a exemplo da 19ª edição da Campanha de Doação de Sangue, realizado no mês de maio. O diretor, médico dermatologista Marcos Antônio Nogueira, informa que a parceria Alego-Hemocentro ocorre três vezes ao ano, através da sua unidade móvel de triagem e coleta de sangue com profissionais especializados, onde os servidores da casa e toda a comunidade participam mediante doação voluntária.

O diretor de Saúde da Alego lembra que a necessidade de sangue seguro é universal e pode ter um peso ainda maior num período de pandemia, por isso, ressalta, essa data comemorativa tem por objetivo agradecer aos doadores que ajudam a salvar milhares de vida todos os dias e convidar os demais a se tornarem doadores permanentes.

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“É necessário regular os níveis dos armazenamentos existentes hoje, uma vez que estão sendo consumidos mais rapidamente, devido ao grande número de casos de complicação da covid-19. É o caso, por exemplo, de pacientes que são entubados e sofrem com alteração no funcionamento dos rins, necessitando da hemodiálise e, portanto, precisam tomar sangue urgentemente”, alerta Nogueira.

Déficit

Com a pandemia, estima-se que houve um déficit inicial que impactou em quase 50% os estoques reguladores em Goiás, devido a crescente demanda causada pelos casos mais graves da covid-19, que causam internações prolongadas e o quadro clínico muitas vezes exigia transfusão de sangue sequenciada para um único paciente grave, relata a diretora-geral da Hemorrede do estado, Denyse Goulart.

Ela reconhece que, contrariando esse aumento da demanda, o número de doadores despencou devido especialmente a alguns fatores, tais como: o decreto do isolamento social, a dificuldade de locomoção por conta do transporte restrito e o medo da exposição ao vírus. “Entretanto, graças ao empenho e ao trabalho sério de todo o sistema que compõe a Hemorrede, podemos hoje ter esperança de dias melhores e estoques mais próximos da normalidade”, afirma a diretora.

“Historicamente, nos próximos meses há aumento de demanda devido ao aumento de casos de dengue e as doenças respiratórias mais comuns nessa época do ano”, explica a diretora. Segundo Denyse Goulart, a meta então é aumentar o número de doações e ampliar a quantidade atual distribuída de aproximadamente 5 mil bolsas de sangue mensais, que atendem os 216 hospitais (públicos, privados e filantrópicos) localizados nos municípios goianos.

Preparados para esse ato de solidariedade em todas as unidades do sistema, a equipe da Hemorrede oferece a máxima segurança para todos aqueles que se apresentam para a doação. Os atendimentos estão sendo agendados seguindo todos os protocolos exigidos pela OMS. Enquanto realiza sua doação, o voluntário pode estar certo de que todas as recomendações das autoridades sanitárias estão sendo rigorosamente cumpridas.

A diretora assegura que, tanto nas unidades móveis quanto nas dependências da unidade, a limpeza foi reforçada, as cadeiras foram sinalizadas de maneira que as pessoas possam manter a distância recomendada e a equipe de profissionais utiliza todos os equipamentos de proteção individual (EPIs), conforme recomendações das normas regulamentadoras.

“A exemplo da parceria que firmamos com a Alego, estamos constantemente buscando parcerias com instituições religiosas, empresas, órgãos públicos, corporações militares, condomínios residenciais e entidades da sociedade civil, para realização de coletas externas com a nossa unidade móvel na Região Metropolitana de Goiânia (RMG). Essa estratégia é nossa aliada para atender grupos de voluntários e doadores que encontram dificuldades de deslocamento até o Hemocentro Coordenador e, assim, assegurar a manutenção dos estoques de hemocomponentes”, completa Denyse.

Importância do sangue

De acordo com os estudos da OMS, se existissem ao menos 4% de doadores de sangue no mundo, não haveria nenhum problema de desabastecimento. No Brasil, os dados mostram que a porcentagem de voluntários regulares é de 2%, ou seja, a metade do número ideal de doadores ativos no país. Um dos motivos que impede esse número de crescer, parece ser os muitos mitos a respeito da doação. Até hoje as pessoas se apegam às crendices populares que dizem que o sangue do doador pode engrossar ou pode afinar. Alegam ainda que o voluntário pode engordar muito, dentre outras coisas, mas de acordo com os estudos científicos, nada disso é verdade.

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É extremamente importante desenvolver a consciência de que o sangue é insubstituível e não é produzido artificialmente: somos a única fonte de matéria-prima para uma transfusão. E tanto as doações quanto as transfusões precisam acontecer dentro da maior segurança possível, seguindo todos os padrões e critérios estabelecidos.

Seguindo todos esses critérios, o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado hoje, tem como missão agradecer aos doadores de sangue e pedir que continuem contribuindo para salvar vidas e influenciando outras pessoas na prática da solidariedade e do amor ao próximo. O agendamento da doação deve ser feito pelo 0800-642-0457 ou pelo site da Hemorrede ou Hemocentro do Estado de Goiás.

Pré-requisitos para se tornar um doador de sangue e salvar muitas vidas:

– levar documento de identidade com foto e órgão expedidor;
– estar em boas condições de saúde;
– ter entre 16 a 69 anos de idade (de 16 a 17 anos com autorização do responsável legal);
– idade até 60 anos, se for a primeira doação;
– intervalo entre doações de sangue de 90 dias para mulheres e 60 dias para homens;
– pesar mais do que 50 kg;
– não estar em jejum;
– após o almoço ou jantar, aguardar pelo menos três horas;
– não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
– não ter tido parto ou aborto há menos de três meses;
– não estar grávida ou amamentando;
– não ter feito tatuagem ou maquiagem definitiva há menos de 12 meses;
– não ter piercing em cavidade oral ou região genital;
– não ter feito endoscopia ou colonoscopia há menos de seis meses;
– não ter tido febre, infecção bacteriana ou gripe há menos de 15 dias;
– não ter fator de risco ou histórico de doenças infecciosas, transmissíveis por transfusão (hepatite após 11 anos, hepatite b ou c, doença de chagas, sífilis, aids, hiv, htlv);
– não ter visitado área endêmica de malária há menos de um ano;
– não ter tido malária;
– não ter diabetes em uso de insulina ou epilepsia em tratamento;
– não ter feito uso de medicamentos anti-inflamatórios a menos de três  dias (se a doação for de plaquetas).

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