Nacional
Título de Capital do Pequi vira guerra entre Minas e Goiás; entenda o impasse
Quem é o verdadeiro “dono” do pequi? Após o deputado federal mineiro Delegado Marcelo de Freitas (PSL) protocolar projeto para que a cidade de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, receba o título de Capital Nacional do Pequi, o Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), mostrou insatisfação e reivindicou a fruta como “símbolo” da culinária goiana.
“Não tem base essa história de um deputado mineiro querer transformar Montes Claros (MG) na capital do pequi. Rolando de rir no chão Pequi está no DNA goiano. Muito mais que símbolo de nossa culinária, faz parte de nossa cultura. Acionei o deputado José Nelto para mobilizar nossa bancada”, cisse Caiado em sua conta no Twitter
No tweet seguinte, o governador de Goiás propôs um acordo. “Já vamos fazer um acordo aqui: a gente deixa o “trem” e o pão de queijo pra vocês mineiros, e em troca ninguém mexe no nosso pequi. Combinado?”, escreveu.
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Apresentada na última quinta-feira (4), a proposta do Delegado Marcelo de Freitas justifica que a cidade de Montes Claros (MG) promove todo ano a Festa Nacional do Pequi, que “fornece identificação gastronômica ao município, cria empregos locais e fomenta o turismo”. Neste ano, será realizada a 30ª edição do festival.
O Delegado, porém, cometeu um erro gramatical ao dizer que o fruto é conhecido com o “Ouro do Serrado”, com S e não C. Segundo ele, o município de Montes Claros vai receber esse título e isso vai resultar em “reconhecimento nacional”, já que vai ajudar a divulgar e valorizar a cultura e a arte regionais.
“O pequi atrai investimentos que impulsionam a geração de emprego e renda na região Norte de Minas Gerais, historicamente assolada pela seca, pela péssima distribuição de rendas, pelas décadas de falta de investimento”, disse Freitas.
Além de Goiás e Minas Gerais, o pequi também é consumido, em maior ou menor quantidade, no Distrito Federal e em outros estados onde há formações do bioma Cerrado, como Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Piauí e Maranhão. Além dos tradicionais pratos salgados, também pode ser usado em doces, sorvetes, picolés e até em licores.
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