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Professores e técnicos de Aparecida entram em greve

Professores e técnicos de Aparecida entram em greve

Os trabalhadores reivindicam, além do piso, o pagamento de titularidades, progressões e valores retroativos referentes aos meses de janeiro a abril

Professores e técnicos administrativos da rede municipal de Aparecida de Goiânia entraram em greve nesta terça-feira (29), após rejeitarem a proposta apresentada pela Prefeitura para o pagamento do novo Piso Nacional do Magistério. Os trabalhadores reivindicam, além do piso, o pagamento de titularidades, progressões e valores retroativos referentes aos meses de janeiro a abril.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, das 93 escolas da rede, 13 estavam com atividades totalmente paralisadas, 43 com paralisação parcial e 37 funcionando normalmente até o final da manhã da terça-feira.

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, a categoria não desejava entrar em greve, mas se viu obrigada diante do impasse. “Não queremos greve. O que não queremos também é ficar no prejuízo pela demora no pagamento de algo que é lei federal, em vigor desde 2008. Portanto, não é nenhuma novidade para a administração”, afirmou.

A proposta da Prefeitura, discutida em reuniões nos dias 25 e 28 de abril, previa o pagamento integral do novo piso a partir da folha de maio, além do envio de um projeto de lei à Câmara Municipal para regulamentar o reajuste. A gestão municipal também sugeriu a criação de uma mesa permanente de negociação para tratar do pagamento do retroativo e de outras demandas da categoria, de acordo com os limites orçamentários.

“Estamos fazendo todos os esforços para garantir o piso, mas herdamos uma dívida superior a R$ 500 milhões da gestão anterior e ainda estamos quitando acertos de dezembro”, disse a secretária de Educação, Professora Núbia Farias. “Garantimos o pagamento integral do piso a partir de maio e propusemos diálogo contínuo, mas a proposta foi recusada.”

O principal motivo da recusa, segundo o Sintego, foi a ausência de um cronograma claro para o pagamento dos valores retroativos. Bia de Lima informou que as perdas acumuladas chegam a 23%. “Essa situação se arrasta há anos. Há diferenças não pagas desde 2015 e 2022. Por isso, propusemos que o pagamento fosse escalonado: a diferença de janeiro paga em julho, a de fevereiro em agosto, março em setembro e abril em outubro”, detalhou.

A categoria também reivindica o pagamento de um terço de férias para os professores que sairão de recesso em julho, conforme previsto em lei.

NOTA NA ÍNTEGRA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

A atual gestão da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, que assumiu o município em janeiro de 2025, herdou dívidas superiores a R$ 500 milhões. Mesmo diante das dificuldades financeiras, a administração já quitou R$ 58 milhões em débitos da folha de pagamento referente a dezembro de 2024, deixados pela gestão anterior. Além disso, a atual gestão mantém o salário dos servidores rigorosamente em dia, efetuando o pagamento dentro do mês trabalhado.

Diante dessa realidade financeira, a Prefeitura, por meio das secretarias de Educação, Administração, Fazenda e Procuradoria Geral do Município, mantém diálogo constante com a categoria para, com responsabilidade e transparência, tratar da questão do Piso Nacional dos Professores.

 

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