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Governo Lula atinge recorde de empregos com carteira e informalidade recua

Governo Lula atinge recorde de empregos com carteira e informalidade recua

Taxa de desemprego fica em 6,6% no trimestre encerrado em abril; índice recuou cerca de 1% em relação ao mesmo período do ano passado

O mercado de trabalho brasileiro segue em trajetória de recuperação sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dados da PNAD Contínua Mensal, divulgados nesta quinta-feira (29) pelo IBGE, mostram que o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu patamar recorde (39,6 milhões) no trimestre de fevereiro a abril de 2025. 

Ao mesmo tempo, a taxa de informalidade recuou para 37,9% e a taxa de desocupação, também conhecida como taxa de desemprego, ficou em 6,6%. O índice não apresentou variação estatística em relação ao trimestre anterior, encerrado em janeiro deste ano (6,5%), mas recuou em relação ao trimestre finalizado em abril de 2024 (7,5%).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) ficou em 15,4%, resultado também considerado estável na comparação trimestral (15,5%). Na comparação anual, houve queda de 2,0 pontos percentuais.

De fevereiro a abril de 2025, cerca de 7,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. Frente ao trimestre móvel anterior (novembro de 2024 a janeiro de 2025), quando 7,2 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador permaneceu estável. Já em relação ao mesmo trimestre de 2024, quando 8,2 milhões de pessoas estavam desocupadas, houve recuo de 11,5%, o equivalente a menos 941 mil pessoas.

A população ocupada foi estimada em 103,3 milhões, o que representa estabilidade em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, houve aumento de 2,4%, com mais 2,5 milhões de pessoas ocupadas. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) ficou em 58,2%, também estável frente ao trimestre anterior, mas com crescimento de 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024.

“A estabilidade nas taxas de desocupação e subutilização confirma o que o primeiro trimestre apontou, ou seja, uma boa capacidade de absorção dos empregos temporários constituídos no último trimestre de 2024”, explica William Kratochwill, analista da pesquisa.

INFORMALIDADE EM QUEDA E CARTEIRA ASSINADA EM ALTA

A taxa de informalidade foi estimada em 37,9%, o que corresponde a 39,2 milhões de trabalhadores informais. O índice ficou abaixo do registrado no trimestre móvel anterior (38,3%) e no mesmo período de 2024 (38,7%).

A redução da informalidade está relacionada à estabilidade do número de trabalhadores sem carteira assinada (13,7 milhões) e de trabalhadores por conta própria (26,0 milhões), aliada ao crescimento dos empregos com carteira no setor privado. O total de trabalhadores formais no setor privado chegou a 39,6 milhões, o maior da série histórica da pesquisa, com crescimento de 0,8% no trimestre e de 3,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

“O mercado de trabalho apresentando níveis mais baixos de subutilização da população em idade de trabalhar, como vem acontecendo, naturalmente impulsiona as contratações formalizadas, uma vez que a mão de obra mais qualificada exige melhores condições de trabalho”, observa Kratochwill.

SETOR PÚBLICO PUXA CRESCIMENTO DA OCUPAÇÃO

Entre os dez grupamentos de atividades pesquisados pela PNAD Contínua, apenas o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais apresentou crescimento na ocupação frente ao trimestre anterior. O aumento é atribuído ao início do ano letivo e à necessidade de contratação de profissionais como professores, cuidadores e cozinheiros.

Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, cinco setores registraram aumento no número de ocupados: indústria geral (3,6% ou mais 471 mil pessoas), comércio e reparação de veículos (3,7% ou mais 696 mil), transporte, armazenagem e correio (4,5% ou mais 257 mil), informação e atividades financeiras e administrativas (3,4% ou mais 435 mil) e administração pública e serviços sociais (4,0% ou mais 731 mil). Já a agricultura teve queda de 4,3% (menos 348 mil pessoas).

MASSA DE RENDIMENTO TAMBÉM BATE RECORDE

O rendimento real habitual dos trabalhadores ficou em R$ 3.426, resultado estável no trimestre e 3,2% superior ao registrado no mesmo trimestre de 2024. Já a massa de rendimento real habitual – a soma das remunerações de todos os trabalhadores – chegou a R$ 349,4 bilhões, novo recorde da série, com crescimento de 5,9% na comparação anual (mais R$ 19,5 bilhões).

“A massa de rendimento alcançou esse pico devido à estabilidade do nível da ocupação, além de aumentos pontuais da população ocupada com carteira de trabalho assinada nos setores privado e público”, completa Kratochwill.

SOBRE A PESQUISA

A PNAD Contínua é o principal levantamento sobre mercado de trabalho do país. A pesquisa abrange cerca de 211 mil domicílios distribuídos por 3.500 municípios e é conduzida por aproximadamente dois mil entrevistadores vinculados a mais de 500 agências do IBGE.

A coleta das informações voltou a ser realizada de forma presencial em julho de 2021, após ter sido feita por telefone durante a pandemia de Covid-19. A identidade dos entrevistadores pode ser confirmada no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181.

 

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