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Papa Leão XIV defende liberdade de imprensa e pede proteção a jornalistas em conflito

Papa Leão XIV defende liberdade de imprensa e pede proteção a jornalistas em conflito

Pontífice condena prisões e mortes de profissionais da mídia e faz apelo por uma comunicação voltada à paz

Heloisa Pantoja

Divulgação

Em sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o pontificado, o Papa Leão XIV fez um apelo, nesta segunda-feira (12), pela liberdade de imprensa e pelos jornalistas presos ou mortos no exercício da profissão. O pontífice destacou a importância e a necessidade de uma sociedade informada por profissionais do jornalismo comprometidos com a verdade. 

“A Igreja reconhece essas testemunhas; penso naqueles que relatam a guerra mesmo à custa de suas vidas, a coragem daqueles que defendem a dignidade, a justiça e o direito das pessoas à informação, pois somente indivíduos informados podem fazer escolhas livres”, afirmou.

A ONG Repórteres Sem Fronteiras, que atua na defesa da liberdade de imprensa e no monitoramento de violações contra comunicadores, contabilizou, somente neste ano, 15 jornalistas mortos, 567 prisões, 99 desaparecimentos e 54 profissionais mantidos como reféns em todo o mundo.

Utilizando-se do Sermão da Montanha, passagem bíblica onde Jesus diz "bem-aventurados os pacificadores", o novo Papa defendeu a liberdade de imprensa e expressão, ressaltando também a necessidade de uma linguagem que promova a paz e a escuta dos mais desfavorecidos que não têm voz ouvida na sociedade. 

A declaração foi feita um dia após o pontífice pedir paz pela Ucrânia e Gaza com o apelo de “Guerra nunca mais”. Nascido nos Estados Unidos e naturalizado peruano, o Papa Leão XIV tem reiterado a mensagem de seu antecessor, Papa Francisco, em favor de uma comunicação voltada à pacificação social. Ele defendeu que o jornalismo seja desarmado de preconceitos, ódio, rancor e fanatismo.

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